terça-feira, agosto 30, 2005

"EQUADOR PASSA EM S. TOMÉ E PRÍNCIPE"

Foi tal o entusiasmo com que li o livro “Equador”, que, logo aquando da sua publicação, senti um irreprimível impulso a escrever sobre ele, a divulgá-lo, recomendando-o a todos como uma obra imperdível. Miguel Sousa Tavares tem todos os motivos para sentir orgulho do seu trabalho e pretender preservá-lo.

A companhia de teatro “Fatias de Cá” (criada em Tomar em 1979), grupo de grande humildade, onde "todos fazem de tudo", utilizando de uma forma interactiva o património construído (de que é exemplo o Convento de Cristo) e paisagístico, tem já uma longa história de labor em prol da descentralização de acções culturais, tendo levado à cena, entre muitos outros espectáculos, obras como T de Lempicka, O Nome da Rosa, Rapariga com brinco de pérola, Diálogo das Compensadas, Tempestade, Sonho de uma noite de Verão e A Flauta Mágica, de autores que vão de Karl Valentim a Choderlos de Laclos, passando por Dario Fo, Frati, Gil Vicente, Yourcenar, Shakespeare, Lorca, Mozart.

Desde há meses que o grupo desenvolvia o projecto de levar à cena o romance “Equador”, teatralização da obra de Miguel Sousa Tavares, o que, necessariamente, seria do conhecimento do autor.

Um mês antes da estreia, o autor não permitiu a adaptação teatral do seu romance.

Dado o investimento já realizado, nomeadamente em adereços e guarda-roupa de época, decidiu o grupo criar uma nova história, passada no mesmo local e época – e, obviamente, com uma temática comum à do livro – a que deu o título “EQUADOR passa em S. Tomé e Príncipe”, em cena de 19 de Agosto a 4 de Setembro, às Sextas, Sábados e Domingos, às 19h18, no Parque Ambiental de Constância.

Sendo admirador do trabalho de ambas as partes, não poderia deixar de expressar o meu sincero lamento por esta situação.

É pena que Miguel Sousa Tavares não tenha permitido a adaptação teatral da sua obra; é minha firme convicção que todos teríamos a ganhar com isso: autor, leitores, companhia de teatro e espectadores.

Não terá agido correctamente o “Fatias de Cá”; a adaptação “forçada” a que recorreu não deixará de ser apercebida como uma forma de oportunismo, eventualmente com consequências a nível jurídico, dada a possível alegação de plágio.

Mas tal como considero que o “Fatias de Cá” não tomou a decisão correcta, não posso também concordar com aqueles que, ignorando o percurso da companhia e o seu notável papel ao nível da promoção do desenvolvimento cultural de uma região, pretendam, mesmo que involuntariamente, arrastar o seu nome para a “lama”.

domingo, agosto 28, 2005

Podem passar palavra?

O Instituto Português de Oncologia (IPO) está a angariar filmes VHS para os doentes da unidade de transplantes que estão em isolamento. «São crianças e adultos que precisam de um transplante de medula e de estar ocupados durante o tempo de internamento», explicou ao Portugal Diário a enfermeira responsável pela unidade, Elsa Oliveira.

A «falta de "stocks"» torna necessária a ajuda da população: «Precisamos de filmes para as pessoas mais desfavorecidas que não têm possibilidade de os trazer. Algumas crianças trazem os seus próprios filmes e brinquedos mas depois quando têm alta levam-nos», acrescenta.

O IPO aceita todos os géneros de filmes, mas a preferência vai para a «comédia». Numa altura menos feliz das suas vidas, «um sorriso vai fazer bem a quem passa dias inteiros numa cama de hospital». Rir é sempre um bom remédio.
As cassetes de vídeo ou DVD's antigos podem ser enviadas para:

Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil
Rua Professor Lima Basto 1093 Lisboa Codex

Ou então, informe-se pelo telefone: 21 726 67 85


sexta-feira, agosto 26, 2005

Ainda os incêndios

Ontem fui surpreendido.
Uma jovem abeirou-se de mim e estendeu-me um papel vermelho.
Mais publicidade, pensei eu.
Como sou gentil, (presunção e água-benta cada um toma a que quer!) aceitei o folheto.
Agradável surpresa.
Editado pela Câmara Municipal de Tomar, pelos Serviços Municipais de Protecção Civil e pelos Bombeiros Municipais de Tomar tem por título “Este Verão, dê uma ajuda a quem luta pela floresta”.
Conselhos e informações úteis para a prevenção e o auxílio ao combate dos fogos, assim como procedimentos de segurança após os incêndios.

Recorda-se ali que


”Entre 1 de Julho e 30 de Setembro, é estritamente proibido:

  • Fazer queimadas.

  • Lançar foguetes.

  • Fumar em locais densamente arborizados.

  • Lançar pontas de cigarro para fora da viatura.”




  • Pode não ser, (não é!) muita coisa, mas mostra que pelo menos se está a tentar mudar.

    quinta-feira, agosto 18, 2005

    Actual?

    Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar.
    Gaius Julius Caesar (100-44 AC)

    sexta-feira, agosto 05, 2005

    O fogo que nos lavra.

    O país arde. Em Tomar anoiteceu mais cedo, e torna-se difícil respirar.
    O inferno do Verão português está com toda a chama.
    Novidade?, não... e esse é que é o problema.