segunda-feira, setembro 27, 2004

Só a rir...


sexta-feira, setembro 24, 2004

Ele há coisas....que nos revoltam!


Estava ali a comentar um post do Thomarense, quando me lembrei de algo que me sucedeu hoje de manhã e que tenho que vos contar.

Como sempre a sexta-feira em Tomar é caótica no que toca a trânsito. Já todos sabemos. Especialmente no que toca a estacionamento no centro da cidade.
Pois eu tenho o azar de todas as sextas-feiras, por razões profissionais, ter que ir para o centro. É o caos, é os nervos a crescerem ao mesmo tempo que os minutos vão passando sem lugares à vista para estacionar.

Ora, uma boa solução para este problema é sempre o "parque de estacionamento" improvisado da Várzea Grande. Pois bem, este "parque" foi fechado há já uma semana, para se ultimarem os preparativos para a Feira de Santa Iria que se aproxima. Ou seja as centenas de lugares que normalmente ali estão há disposição deixaram de existir.

Caos ao quadrado!

Dei voltas e mais voltas (guiando a direito deveria ter chegado pelo menos a Santa Cita) e lá encontrei um lugarzito para estacionar o automóvel, embora bem longe do meu local de trabalho.

No passeio matinal a que me vi forçada deparei-me com reforços de agentes da polícia, ali propositadamente, para multar o pobre do contribuinte.

Passei pelo primeiro, indaguei-o sobre o seu comportamento. Se achava correcto estar a multar os cidadãos numa sexta-feira, dia de mercado, nas condições em que a cidade se encontrava, com falta de estacionamento. Não obtive resposta.

Passei pelo segundo, ainda mais revoltada, e perguntei-lhe se não achava melhor abrir o parque de estacionamento em vez de estar a passar multas. Este mais expedito disse-me que quem o fechou é que o devia de abrir.

Bom, tenho que reconhecer que o senhor tinha razão.

Mas, bolas, haja condescendência, haja tolerância, haja discernimento, haja paciência!

E depois, perdoem-me, mas a malta tem que descarregar em alguém.

Senhor Presidente da Câmara, acha correcto?

Sónia

segunda-feira, setembro 20, 2004

Sporting Clube de Tomar, sempre!




Ainda há pouco tempo o Leonel falava aqui do União de Tomar e das recordações dos tempos áureos em que nos orgulhávamos de receber os melhores clubes de Portugal.
As recordações que tenho são vagas, talvez apenas de ouvir falar. Lá em casa não havia muito o hábito de "ir ao futebol".
No entanto, sou, indiscutivelmente, uma adepta ferrenha de um outro clube que enaltece Tomar, e do qual fui atleta durante muitos anos, o Sporting Clube de Tomar, do qual o Leonel também tem falado ali.

Lembro-me tão bem das tardes de Sábado passadas no Pavilhão, à espera do jogo com os melhores; dos dias de Benfica, Sporting ou Porto em que as televisões acompanhavam; dos gritos ensurdecedores da claque tomarense; das bandeiras agitadas; das cenas de pancadaria nas bancadas, e no campo; das sticadas do Vitor Hugo do Porto nas canelas dos adversários, hoje ex-seleccionador nacional; dos jogos com um árbitro, dos jogos com dois árbitros; da chegada dos cartões azuis; das bolas que voavam a velocidades fatais para as bancadas, antes de ser colocada a rede à volta do campo; do quadro electrónico, mil vezes consultado para a contagem decrescente; dos nomes decorados de todos os jogadores, de todas as equipas, e sobretudo da nossa equipa.
E lembro-me sobretudo das amizades que fiz na altura, muitas das quais ainda hoje mantenho.

Entretanto o clube, tal como quase tudo o resto nesta cidade, “foi descendo”, a minha vida também mudou, desliguei-me.
Mea culpa, mea culpa também, se hoje o Sporting já não tem o apoio que tinha naquele tempo. Reconheço que não o devia ter abandonado.
Mas só o abandonei fisicamente, espiritualmente continuo a vibrar como se aqueles momentos, há quase vinte anos, fossem ainda hoje.

Sónia

sexta-feira, setembro 17, 2004

Afectos

Dili - Timor Leste
Em Timor calam-se as vozes que falam em português, se não respondermos a apelos como este e os jovens podem perder parte da sua história. Tal como nós, porque o primeiro país do século XXI teve alma portuguesa.

Encontro-me a leccionar em Dili, na Escola Pré-Secundária Cristal. Esta escola, a semelhança de muitas, muitas outras não tem biblioteca. Tem apenas uma estante (na sala dos professores) na qual se encontram apenas livros em inglês, oferecidos pela Austrália. Os únicos livros em português são os manuais e gramáticas de português que foram fornecidos à escola.
Já perceberam o que eu quero? Gostava de ajudar a fazer uma pequena biblioteca naquele mesmo espaço ..... será que alguém tem por aí uns livros (de preferência literatura infantil/juvenil, manuais escolares de várias disciplinas e outros), revistas e jornais que já não fazem falta?
Se tiverem enviem-mos. Decerto que vão ser muito úteis aos meus alunos e aos meus colegas (professores timorenses).

Se estiverem dispostos/as a fazê-lo aqui vai o endereço:

Embaixada de Portugal em Dili
A/c Professora Ana Medeiros - Dili Edifício ACAIT
Av. Nicolau Lobato
Dili - Timor Leste


Obrigada,

Ana Medeiros

PS: Já agora informo que existe uma tarifa especial dos correios (2Kg custam 2,75). Se eles disserem que não, aqui têm copia de um mail dos CTT:

Exma. Sra Ana Medeiros
Gostaríamos, desde já, de agradecer o seu contacto, que mereceu a nossa melhor atenção. Informamos que há um tarifário económico para Timor, que lhe permite fazer o envio de correspondências até 2 kg, pagando EUR 2,70.
Lembramos que, para qualquer informação ou esclarecimentos mais detalhados, poderá consultar o nosso site www.ctt.pt ou ligar para as nossas linhas informativas:
Informações sobre Produtos e Serviços:
800 20 68 68
Com os nosso melhores cumprimentos,
Dulce Lopes

via O maior espectáculo do mundo

terça-feira, setembro 14, 2004

Descubra as diferenças ;-)






Sónia

segunda-feira, setembro 13, 2004

MEMÓRIAS DE INFÂNCIA (II)

Depois (apenas até 1976…), com o clube na I Divisão, as visitas do Benfica de Eusébio (que, mais tarde, voltaria a Tomar, para vestir a camisola do União!) e do Sporting de Damas e Yazalde continuaram a ser ocasiões de grandiosa festa que animava a cidade. Ao contrário, quando era o União a ir a Lisboa, faziam-se “grandiosas excursões”.

Logo depois, na segunda metade da década, a cidade entraria num período de recessão de que, em boa verdade, não conseguiu ainda sair, em particular com a crise do sector industrial.

Há poucos dias, o União de Tomar disputou, no Torneio Fernando Matias, o último jogo no relvado do “25 de Abril”, assim se fechando um ciclo; o Estádio vai entrar em obras, para substituição por um relvado sintético!

Prevê-se que o União venha a ter um “Estádio” novo, a construir nas Avessadas.

Mas como estão longe os “dias de glória” da minha infância…

E algumas questões se impõem!

Porque estão os tomarenses de “costas voltadas” para o seu maior “símbolo vivo”, atravessando uma deprimente “agonia”?

Porque tem o clube mais representativo da cidade (e, pelo seu passado e historial, de todo o Distrito) de competir (e, muitas vezes, perder…) com “equipas de aldeia”?

Sem “entrar em loucuras” – e sem esquecer que há outras instituições, não só desportivas, mas também, e principalmente, de índole cultural, que vivem também com dificuldades –, porque “não há vontade” de repor o clube no lugar “a que tem direito” (pelo menos, a II Divisão B)?

A resposta aos tomarenses, em especial às “forças vivas” da cidade: Câmara e Empresas.

MEMÓRIAS DE INFÂNCIA (I)

Em meados da década de 70, estava eu ainda na minha “primeira infância”, recordo com saudade os tempos de brincadeiras, no açude da fábrica, as deslocações ao Agroal (de que retenho a imagem da “água gelada” da nascente – a praia, igualmente “gélida”, era a da Nazaré…), a minha pequena casa térrea na Rua da Fábrica, os automóveis que ainda mal começavam a “massificar-se” (lembro particularmente uma “relíquia”, um automóvel preto, estilo clássico, quiçá ainda dos anos 50 – sempre estacionado próximo da casa do João dos Santos, o “famoso João das Latas”, na sua imponência majestosa de “obra-prima” de outra época, não muito longe do estabelecimento do também popular tio “Zé das Bananas”).

O meu “solene” exame da primeira classe, realizado em época excepcional em Fevereiro, após 4 meses a aprender a “desenhar igrejas” (não sei porque não conservo memória dos desenhos que acompanhavam as letras a, e, o e u…) – aprendera já a ler e a escrever, pelos meus 5 anos, bastante antes do “primeiro dia de escola”...

Depois, os primeiros (“grandes”) prédios (talvez 3 ou 4 andares) que começaram a ser construídos frente à minha casa, com janelas com vista para o Estádio.

Recordo a animação das tardes de Domingo, com milhares de pessoas a caminho do “campo da bola”.

Em particular aquele dia em que, era eu ainda “mesmo muito pequeno” – é uma reflexão interessante pensar como evoluíram as coisas e como são “super-protegidas” as crianças de hoje – deixei o meu pai a regar na horta e me dirigi sozinho para o campo (que não ficava longe…). Lá dentro, o U. Tomar fazia o seu melhor resultado de sempre na I Divisão, marcava golos atrás de golos, frente ao Beira-Mar (até chegar aos 8-1!). Um verdadeiro “delírio”!

sexta-feira, setembro 10, 2004

Lenda de Santa Iria





Conta a história que na antiga Nabância (Tomar) nasceu Iria, uma bela jovem que desde cedo descobriu a sua vocação religiosa e entrou para um mosteiro. Esta região da Península Ibérica era governada pelo príncipe Castinaldo, cujo filho Britaldo tinha por hábito compor trovas junto da igreja de S. Pedro. Um dia, Britaldo viu Iria e ficou perdidamente apaixonado pela jovem, caindo doente, em estado febril e desesperado. Reclamava a presença da jovem insistentemente e, apesar de lhe dizerem que o seu amor era impossível, insistiu na sua presença. Os pais temendo o pior trouxeram-lhe a jovem que lhe pediu que a esquecesse, porque o seu coração e o seu amor eram de Deus. Britaldo concordou sob a condição de que Iria não pertencesse a mais nenhum homem. Passados tempos, Britaldo ouviu rumores infundados de que a jovem tinha atraiçoado a sua promessa e amava outro homem. Despeitado, seguiu-a num dos seus habituais passeios ao rio Nabão e ali a apunhalou, atirando-a à água. O corpo de Iria foi levado pelas águas até ao Zêzere e daí ao Tejo, vindo a ser encontrado junto da cidade de Scalabis (Santarém), encerrado num belo sepulcro de mármore. O povo rendeu-se ao milagre e a partir de então a cidade passou a chamar-se de Santa Iria e mais tarde Santarém. Cerca de seis séculos mais tarde as águas do Tejo voltaram a abrir-se para revelar o túmulo à rainha D. Isabel, que mandou colocar o padrão que ainda hoje se encontra na Ribeira de Santarém, para que o milagre não fosse esquecido.

segunda-feira, setembro 06, 2004

Uma vela na Janela de cada blogue



Iniciativa do Ânimo


Em memória de todas as vítimas do massacre na Ossétia, em especial por todas as crianças!
Para que nunca mais.
Em nome de libertação nenhuma!


Em memória de todas as vítimas de massacres, em memória de todos os que morreram no cumprimento do seu ofício servindo os outros, em memória de nós. (in Adufe.pt)

quarta-feira, setembro 01, 2004

Regresso à vida normal

Cá estou de regresso ao trabalho, ao rengue-rengue quotidiano.
Depois de umas breves férias no Algarve, cada vez me apercebo mais de como é linda a nossa cidade.
O Algarve continua agradável, apesar de tudo. As falésias, as praias de areia dourada, as rochas emergentes no mar. A paisagem, em suma.
No entanto convém não desviar muito os olhos na direcção oposta do mar, porque aí a falta de planeamento urbanístico, o hiato existente entre a população veraneante e os sistema de saneamento básico, a falta de estética, os parques de estacionamento selvagem a 2 euros, os restaurantes em cima das dunas com esgoto directo para o mar, enfim um laivo de terceiro mundo, num país que se quer e se diz desenvolvido.

Por isso, quando regresso a Tomar e vejo a organização, a limpeza, a calma e a tranquilidade com que se vive aqui, fico ainda mais apaixonada por estas paragens. Consigo, finalmente, descansar das férias.

Sónia